“Estou muito honrado em poder me reconectar com minhas raízes culturais e fortalecer ainda mais a minha ancestralidade revelando um olhar observador e amante da Cultura Popular Brasileira, espero que todas as pessoas tenham acesso aos nossos filmes e que possam desfrutar do conhecimento cultural e da qualidade material que estamos dispondo nas redes sociais e nos canais de streaming! nossa série tem essa missão de levar as falas de quem faz a cultura e de quem sabe o valor de mantê-las vivas, mesmo que possam morrer durante uma pandemia de Covid… Viva a cultura popular e seus mestres e mestras!”, diz Fábio Gomes, sobre o fechamento da série que co-criou juntamente Ana Paula Jones – Raízes da Tradição e um time fantástico de profissionais da área audiovisual como Rodrigo Savastano – MARABERTO FIlMES, Tauá Klonowiski e Pablo Pablo Videografismo.
Entregamos à todos os 3 últimos episódios inéditos de uma série de 9 filmes sobre “O Poder Social da Cultura Popular”, agora todos podem assistir ao final dessa nossa primeira etapa produzida com apoio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc – LAB PE, mas que pretendemos continuar por muitos mais territórios desse saberes ancestrais, das práticas culturais e andar atrás de histórias, pessoas, culturas e conhecimentos.
Mobilizado pelas expressões vivas brasileiras pelos ritmos e pelas artes das celebrações Fábio Gomes, renomado multiartista e músico percussionista Pernambucano, se reinventando criativamente durante a pandemia do Covid 19 resolve criar aulas de percussão on-line e vai atrás dos mestres e culturas que os formaram culturalmente.
Afinal, como esses mestres populares estavam e estão vivendo nessa pandemia? Como estão atravessando o túnel da nova era?
Com essas perguntas viemos trazer algumas respostas … e viemos compartilhar a maravilha e a força dessas tradições que são tão contemporâneas para o público conhecer e se reconhecer e entender que , apesar do COVID 19 os artistas brasileiros continuaram suas vidas e pulsações criativas,
com vocês:
Episódio 7:
Na festa e na fé, na Umbigada e Axé – assim tentamos contemplar esse grande universo que a Nação Xambá ocupa na sociedade, tendo como um elemento fundamental de conexão com o mundo, com a juventude, com os quilombos, terreiros afro-religiosos, a música e a cultura popular, o grupo Côco do Bongar e a Xambá das Yabás. Neste episódio homenageamos o guerreiro quilombola e do axé Guitinho da Xambá, que transcendeu e atravessou o mar da vida, deixando um legado incrível de cultura, combate ao racismo e responsabilidade social.
Diversos autores apontam o povo Xambá ou Tchambá, como povos que habitavam a região ao norte dos Ashanti e limites da Nigéria com Camarões, nos montes Adamaua, vale do rio Benué. Existem várias famílias com esse nome, nos Camarões, tendo inclusive participado nas lutas pela independência daquele país.
Aqui em Olinda, Pernambuco o axé da Nação Xambá passa por diversas sucessoras iniciadas pelo Babalorixá Artur Rosendo Pereira. Fugindo da repressão policial às casas de culto Afro-brasileiro, deixa Maceió e passa a morar no Recife. por volta de 1923, reinicia suas atividades de zelador dos Orixás, segundo os rituais e tradições da Nação Xambá, cujos axés foi buscar na Costa da África, onde permaneceu pôr quatro anos, aprendendo com “Tio Antônio, que vendia panelas no mercado de Dakar, no Senegal”, segundo René Ribeiro.
Mulheres poderosas transformaram definitivamente o Xambá numa Nação Afrobrasileira importante e forte, Maria de Oiá, Mãe Tila, e Mãe Biu foram umas dessas baluartes da ancestralidade africana, legando ao babalorixá Ivo do Xambá tais poderes e conhecimentos que continuam preservando as tradições do Terreiro Xambá.
O Bongar é composto por seis jovens integrantes do terreiro Xambá do Quilombo do Portão do Gelo, em Olinda. O grupo foi fundado em 2001, com o propósito de levar aos palcos a tradicional festa do Coco da Xambá, que se realiza na comunidade há mais de 40 anos, no dia 29 de junho. O Bongar tem uma musicalidade muito forte de diversas influências musicais, vivenciadas nos cultos afro-brasileiros, principalmente da linhagem Xambá. Vamos festejar!
Episódio 8:
Afoxé O Poder da Palavra Negra – O oitavo episódio da série traz um trabalho expressivo e bastante importante para a cultura de matriz africana em Pernambuco, o Afoxé Oyá Alaxé, grupo fundado em 10/04/2004, por Maria Helena Mendes Sampaio – Yalorixá, mestra da Cultura popular reconhecida oficialmente pelo Ministério da Cultura do Brasil e pelo Governo do Estado de Pernambuco e pelos recifenses, e Fabio Gomes – Oganilú da Nação Nagô do Recife, iniciado no terreiro de Mãe Amara, mãe biológica de Helena. O trabalho do Afoxé deu origem a Ponto de Cultura, Ponto de Memória, Rede de empoderamento das Mulheres de Terreiros e a construção de ações afirmativas e ideias de políticas publicas contra o Racismo e a Intolerância Religiosa no Brasil. Tudo isso amplificado pela força dos seus cânticos, ritmos e tambores que no carnaval revela o Poder do candomblé na rua. Ti ti ayê uma palavra de força que traz a força na música, estandarte do axé, tambores que comem, yialotin – boneca ancestral e tantos outros conhecimentos vão sendo conduzidos por uma entrevista musical incrível e poderosa! Sinta esse axé neste episódio.
Episódio 9:
OS Filhos da Jurema – Margeando a beira do Rio São Francisco, de Pernambuco ate Alagoas, o projeto Oganagô Percussivo foi encontrando os “parentes” da tribo kariri-xocó, que com seu toré, Rojão de Roça e Coco nos demonstrou que cultura trabalho e religião estão nas suas veias… os cânticos mais lindos e uma fé inabalável, com grande poder espiritual e rituais sagrados que fundamentam a força da natureza e dos ancestrais, essa força indígena do Nordeste busca preservar sua cultura na manutenção do ritual do Ouricuri e no cantar de amor a Opara – o Rio São Francisco. Mestre do saber, da ciência e da cura como o Pajé Julio Suíra demonstra com resiliência a fé na humanidade, mesmo diante dos seculares massacres, invasões, invisibilidades e desrespeitos que vivem a nação indígena brasileira, Ele que todo dia reza e pede a Deus pra cura e proteção dele, sua e de todo mundo… vivenciamos nesse encontro com histórias, músicas e uma cultura que impressiona a cada passo que damos adentrando seu território do saber, ainda mais por está num contexto do Nordeste, zona rural, com casas de alvenaria… uma aldeia que soube se fechar e proteger da Pandemia, que vive do artesanato e vivem no mundo levando cultura e cura. Assim é o povo Kariri-Xoco que te convida a dar esse proximo passo a nossa própria humanidade! Ahoo!
Episódios: 7, 8 e 9
Patrocínio da Lei Aldir Blanc – LAB PE e apoio da FUNDARPE, realização Associação Raizes da Tradição, Maraberto Filmes e ISBA.
Maiores informações:
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Instagram
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@anapaulajones
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